CARTILHA MATERNAL de João de Deus:

CARTILHA MATERNAL de João de Deus – Há dias encontrei este velho livro
perdido numa estante da minha biblioteca. Quando eu aprendi a ler, na década de
40 do século passado, alguém da minha família empregou este pequeno livro para
me fazer compreender de uma forma escrita a língua que eu falava. É um livro pela
qual tenho um especial carinho. Este exemplar é apenas uma reprodução fiel do
livro que foi editado à 135 anos, agora oferecido pelo jornal O Expresso no dia
6 de Janeiro de 1996. Folheá-lo de novo fez-me recordar muito da minha
infância.

Um pouco de história…

A Cartilha Maternal foi publicada em
Portugal em 1876; em 1888 as Cortes portuguesas (parlamento) escolheram-na como
método oficial de aprendizagem da leitura. A partir de 1911, a Primeira
República alargou a rede de instrução pública, espalhando Escolas Primárias por
quase todos os centros urbanos, promovendo a difusão da Cartilha Maternal.

Antes e depois das Escolas Primárias
públicas, João de Deus, os seus amigos e descendentes estabeleceram em 1882 uma
rede de escolas autónomas, originalmente designada “Associação das Escolas
Móveis pelo Método de João de Deus”. Essas escolas evoluíram para Jardins
Escolas e escolas fixas. Entretanto, novos métodos pedagógicos foram surgindo
no Ensino Público mas, nesta rede autónoma, a iniciação à leitura contina a ser
feita segundo o método da Cartilha Maternal.

Nunca esqueci o fascínio que sentia pela enorme
Cartilha Maternal montada num cavalete na sala da Primeira Classe (que em
Portugal se chama hoje primeiro ano do primeiro ciclo).

João de Deus de Nogueira Ramos
(São Bartolomeu de Messines, 8 de Março de 1830Lisboa, 11 de Janeiro de 1896),

mais conhecido por João de Deus, foi um eminente poeta lírico,

considerado à época o primeiro do seu tempo, e o proponente de um método de ensino da
leitura, assente numa Cartilha Maternal por ele escrita, que teve grande aceitação popular, sendo
ainda utilizado. Gozou de extraordinária popularidade, foi quase um culto,
sendo ainda em vida objecto das mais variadas homenagens e, aquando da sua
morte, sepultado no Panteão Nacional. Foi considerado o poeta do amor.

O HOMEM DE SAMPERSBURGO de Ken Follett:

O HOMEM DE SAMPETERSBURGO de Ken Follett. Acabei ontem de ler
este interessante livro de 350 páginas, pois este autor é um dos grandes mestres
do thriller da actualidade.

Tendo como palco a Londres vitoriana, “O Homem de Sampetersburgo” é um
emocionante romance sobre um revolucionário russo que viaja até Inglaterra para
tentar criar um incidente internacional.

A acção decorre em 1914, quando a época vitoriana vivia os seus dias de glória
e nascia uma nova ordem política, o prelúdio do comunismo, e o sufrágio
feminino já não era uma utopia.

Na história ficcionada por Follett a Alemanha prepara-se para a guerra e os
Aliados constroem as suas defesas e ambos precisam da Rússia. Feliks (o
revolucionário russo) chega a Londres com o intuito de cometer um crime que
haveria de mudar o curso da História. Segundo a nota de imprensa da Bertrand
“muitas são as armas que este mestre da manipulação tem nas suas mãos, mas as
mais perigosas são o amor de uma mulher inocente e a paixão insaciável de
outra. Contra si erguem-se as forças policiais britânicas, um lorde abastado e
influente e o jovem Winston Churchill.”

KEN FOLLETT, nasceu a 5 de Junho de
1949, em Cardiff, no País de Gales. Formado em filosofia, é um autor de grande
sucesso que vê os seus livros darem regularmente origem a filmes ou séries
televisivas. A sua primeira obra foi publicada em 1978 sob o título “Eye of the Needle”, um thriller que venceu o Edgar Award.
Em Portugal, tem já diversas obras editadas, destacando-se “Os Pilares da Terra”.

O HOMEM DE PEQUIM de Henning Mankell:

 

O HOMEM DE PEQUIM de Henning Mankell
Terminei hoje de ler este policial, de 520 páginas, de que gostei muito. A
história é fantástica e muito interessante mas o final nada tem de interesse.

Em Janeiro de 2006, uma pequena
aldeia no Norte da Suécia assiste a um massacre sem precedentes. Dezanove  pessoas brutalmente assassinadas é o balanço
final. A polícia inclina-se a pensar que só uma pessoa com perturbações mentais
poderá ter levado a cabo tamanho acto de violência, mas Birgitta Roslin tem
outra opinião. Ao ler a notícia no jornal e se aperceber que tinha relações de
parentesco com duas das vítimas, Birgitta decide investigar por conta própria –
e tudo indica que também ela se poderá em breve tornar um alvo… Publicado em
cerca de 20 países, O Homem de Pequim é mais um thriller magistral de um dos
dez autores que mais venderam na Europa em 2009.

Biografia: Henning Mankell, escritor e
argumentista, nasceu em 1948, numa pequena cidade do Nordeste da Suécia. Casado
com uma das filhas de Ingmar Bergman, Mankell foi durante muito tempo
dramaturgo e director de teatro. O seu primeiro romance foi publicado em 1973,
mas tornou-se conhecido em todo o mundo com a obra Assassino Sem Rosto e
outros romances policiais, em que o protagonista é o oficial da Polícia de
Ystad, Kurt Wallander. Publicou ainda muitos romances para crianças e jovens,
sendo frequentemente premiado. As suas obras já venderam mais de 30 milhões de
exemplares em mais de 40 países. Desde há muito tempo divide o seu tempo entre
a Suécia e Moçambique, onde trabalha como director do Teatro Avenida.